Cabine de radioprotecção versus protecção radiológica convencional na implantação de pacemaker
Código: SS-40
- Data: 27-09-2010 00:00:00
Resumo:
São bem conhecidos os efeitos nefastos que a exposição prolongada a radiação X tem no ser humano. Os programas de protecção surgiram como uma ferramenta de auxílio na exposição radiológica, no âmbito da implantação de dispositivos reguladores do ritmo cardíaco. Estes programas baseiam-se na utilização de métodos de protecção convencional e cabines de radioprotecção.
Este estudo pretende avaliar a eficácia, em termos de diminuição da exposição à radiação X, de dois métodos de protecção radiológica, a convencional e a utilização de uma cabine de radioprotecção. Foram seleccionados dois grupos (protecção convencional e cabine de radioprotecção CATHPAX®), para análise da dose de radiação recebida pelo operador com cada um destes métodos de protecção.
A amostra foi composta por 77 procedimentos de implantação de pacemaker no Hospital Fernando da Fonseca. O tempo médio por procedimento foi de 53,59 minutos para utilização da cabine e 62,2 minutos para a utilização da protecção convencional, não sendo estas estatisticamente diferentes. Pode constatar-se que existe uma forte correlação entre o tempo total de procedimento e o tempo total de fluoroscopia, salientando-se que essa correlação é mais forte com a utilização de cabine. Com a cabine de radioprotecção, a dose de radiação recebida foi sempre zero, o que não sucedeu com a utilização de métodos de protecção convencional.
Em conclusão, a cabine de radioprotecção é uma mais-valia na protecção de todos os profissionais de saúde envolvidos em procedimentos com recurso à utilização de técnicas com radiação X.
Nuno Morujo
Hospital Fernando da Fonseca e Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa
Nuno Raposo
Hospital de Santa Cruz e Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa