ISSN 2183-4253
 
Influência do fluxo pulsátil em circulação extracorporal na oximetria cerebral
Código: SS-42      
Resumo:
INTRODUÇÃO: A incidência de 1 a 6% de lesões neurológicas, de origem diversa, que se observa em doentes submetidos a procedimentos com Circulação Extracorporal (CEC), continua a ser uma das principais preocupações das equipas cirúrgicas. Numa tentativa de melhor compreender os desarranjos da circulação cerebral verificados com a utilização de CEC, e de tentar tomar as acções correctivas para diminuir a incidência destas lesões neurológicas, têm-se desenvolvido diversos métodos de monitorização cerebral. Entre estes, destaca-se o método oximetria cerebral por espectroscopia próxima dos infra-vermelhos (NIRS). Um dos factores que tem sido defendido por alguns autores como podendo influenciar a perfusão cerebral é o tipo de fluxo utilizado, contínuo ou pulsátil, o que não é consensual. OBJECTIVO: Verificar, através de monitorização por NIRS, se existem alterações a nível da oximetria cerebral, dependentes do uso de fluxo pulsátil ou de fluxo contínuo durante a CEC. METODOLOGIA: Entre Janeiro e Maio de 2010, estudou-se a NIRS numa amostra de 63 doentes adultos, divididos em dois grupos, em que num se utilizou fluxo de perfusão contínuo e noutro fluxo pulsado. Os valores de NIRS foram registados electronicamente, sendo memorizado o valor basal pré-CEC e, a todos os seis segundos, durante o período de clampagem da aorta. Foram comparados os valores de NIRS em ambos os grupos, fazendo recurso ao teste de T. RESULTADOS: Não se verificaram diferenças significativas, em termos de valores de NIRS, entre os dois grupos (p=0,05). CONCLUSÃO: O estudo sugere não haver alterações significativas da NIRS com o uso de fluxo pulsátil em comparação com o fluxo contínuo.
Lista de Autores
Pedro Morgado Soares
Rúben Lamelas
José Apolinário
Nuno Raposo