ISSN 2183-4253
 
Resposta ao broncodilatador por critérios espirométricos e pletismográficos
Código: SS-58      
Resumo:
Introdução: A melhoria do volume expiratório máximo no primeiro segundo (FEV1) e/ou da capacidade vital forçada (FVC) constitui, segundo as guidelines da American Thoracic Society e da European Respiratory Society, o principal fator de caracterização da resposta à terapêutica broncodilatadora. Contudo, muitos estudos têm sido desenvolvidos no sentido de avaliar a possível utilidade de outros parâmetros funcionais respiratórios na avaliação da resposta a este tipo de terapêutica. O objetivo deste trabalho foi averiguar, através da análise da literatura, quais os parâmetros funcionais respiratórios que devem ser considerados para a avaliação da resposta ao broncodilatador e quais os que se correlacionam com os sintomas e a qualidade de vida dos indivíduos. Metodologia: Foram pesquisados artigos nas fontes de informação PubMed que contivessem a combinação das expressões bronchodilator, reversibility, plethysmography e spirometry. A pesquisa bibliográfica decorreu entre os dias 13 e 21 de novembro de 2010. Conclusões: Tendo em conta os estudos analisados, foi possível concluir que na avaliação da resposta ao broncodilatador, para além da análise do FEV1 e da FVC, outros parâmetros devem ser tidos em consideração, tais como o débito expiratório máximo entre 25% e 75% da capacidade vital, o volume residual, a capacidade inspiratória e a resistência das vias aéreas (Raw). Estes parâmetros sofrem alterações significativas mesmo quando não se verifica na espirometria uma resposta positiva ao broncodilatador. Constatou-se que o FEV1 não é o parâmetro que melhor se correlaciona com a sintomatologia ou com a qualidade de vida, mas sim a Raw e os parâmetros que avaliam direta ou indiretamente a hiperinsuflação pulmonar.
Lista de Autores
Carina Neves
Diana Fernandes
Nuno Raposo
Raquel Barros