De uma forma geral, a visão é o sistema sensorial primordial para a maioria das tarefas diárias dos indivíduos, sendo crucial para a orientação espacial e para a qualidade do movimento. No entanto, os indivíduos invisuais desenvolvem capacidades sensoriais adaptativas capazes de solucionar a maioria das limitações, que determinam o grau de independência destes indivíduos. Estas repercussões na qualidade de vida surgem por diversas adaptações percetivas, que tanto originam adaptações corticais como alterações do movimento e podem pôr em causa a segurança dos indivíduos invisuais e o seu desenvolvimento motor, cognitivo e social, no caso de indivíduos invisuais congénitos. Porém estas possíveis limitações podem ser contornadas através de programas de reabilitação que evidenciam as necessidades e limitações dos indivíduos invisuais. Este estudo propõe demonstrar a relevância da intervenção da fisioterapia tendo em conta as alterações percetivas apresentadas.