Asma – Qual a resposta ao broncodilatador nas provas funcionais respiratórias?
Código: SS-183
- Data: 25-06-2017 00:00:00
Resumo:
A terapêutica broncodilatadora constitui a base do tratamento da asma. As provas funcionais respiratórias permitem a caracterização dos efeitos deste tipo de fármacos, sendo que atualmente os parâmetros mais comummente usados para esta finalidade são o volume expiratório máximo no primeiro segundo (FEV1) e a capacidade vital forçada (FVC), todavia podem ser consideradas/valorizadas outras variáveis. O objetivo do estudo foi caracterizar a resposta ao broncodilatador em indivíduos asmáticos.
Realizou-se um estudo do tipo transversal. A amostra foi composta por 41 indivíduos com asma, cujas provas funcionais respiratórias revelaram a presença de obstrução das vias aéreas. A amostra foi analisada na sua totalidade e posteriormente subdividida de acordo com o grau de gravidade da obstrução das vias aéreas, presença/ausência de hiperinsuflação pulmonar e presença/ausência de critérios de broncodilatação ATS/ERS (2005).
Os resultados do estudo revelaram que quer para a totalidade da amostra quer para os subgrupos estabelecidos, os parâmetros que, de forma transversal, mais se modificaram com a administração da terapêutica broncodilatadora foram o FEF25-75% e a Raw. A modificação dos volumes pulmonares não mobilizáveis (FRC e RV) adquiriu especial importância no subgrupo com hiperinsuflação pulmonar.
A presente investigação permitiu verificar que a valorização exclusiva dos parâmetros FEV1 e FVC para a caracterização da resposta ao broncodilatador em indivíduos asmáticos pode ser limitadora, pelo que se sugere que além dos critérios usualmente considerados, sejam adicionalmente valorizados critérios que contemplem os parâmetros FEF25-75% e Raw, e no caso de presença de hiperinsuflação pulmonar a FRC e o RV.
Victorina dos Santos
ESSCVP
Raquel Barros
ESSCVP, HPV