Importância da determinação das pressões máximas respiratórias na DPOC
Código: SS-199
- Data: 02-02-2018 00:00:00
Resumo:
Na doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) ocorre um comprometimento da eficiência dos músculos respiratórios. Em estadios iniciais, o diafragma adapta-se à sobrecarga do trabalho respiratório, apresentando maior resistência à fadiga. Com a progressão da doença, os músculos respiratórios vão desenvolver fraqueza e diminuição da resistência, devido à presença de hiperinsuflação pulmonar. A hiperinsuflação pulmonar é responsável pela alteração da forma e geometria da parede torácica, provocando horizontalização das costelas, retificação do diafragma, diminuição da zona de junção entre os arcos costais e o músculo diafragmático e redução no comprimento das fibras, o que irá originar uma diminuição da capacidade dos músculos respiratórios em gerar força.
Foi objetivo da presente revisão de literatura caracterizar a importância da determinação das pressões máximas respiratórias (PMR) em indivíduos com DPOC e a relação destas com o grau de gravidade da obstrução brônquica.
Através da presente revisão de literatura foi possível constatar que a determinação das PMR é fundamental para a quantificação do comprometimento da força dos músculos respiratórios na DPOC. Nestes doentes a diminuição das pressões inspiratórias máximas é a mais evidente, no entanto, também as pressões expiratórias máximas podem sofrer uma redução. Verificou-se a existência de relação entre os graus de gravidade da obstrução brônquica e a redução das PMR, com a progressão da doença. Assim sendo, a quantificação das PMR apresenta-se como uma técnica importante na identificação da redução da força muscular respiratória, assim como é essencial para a quantificação da deterioração da mesma com a progressão da DPOC.
Raquel Barros
ESSCVP, HPV