ISSN 2183-4253
 
Danos físicos resultantes das quedas em doentes internados e medicamentos que aumentam o risco de hemorragia: haverá relação?
Código: SS-216      
Resumo:
Introdução: A prevenção das quedas nos hospitais e os danos associados são uma prioridade dos profissionais de saúde. Sendo conhecidos os fatores que interferem no risco de queda em geral e a nível hospitalar, o mesmo não se passa no que diz respeito aos fatores ligados aos danos. Em muitas situações de doença e internamento, há concomitantemente necessidade de terapêutica anticoagulante que, por si, aumenta a probabilidade de lesões hemorrágicas, constituindo uma preocupação acrescida. Objetivo: Comparar o grau de danos físicos decorrentes de quedas em doentes medicados com terapêutica anticoagulante e/ou antiagregante plaquetária versus os que não tomam esta terapêutica. Metodologia: este é um estudo longitudinal, retrospetivo, observacional e descritivo com abordagem quantitativa, no qual se analisaram as quedas que ocorreram em doentes internados no hospital em estudo em 2015 e 2016. Considerou-se o género e a idade dos doentes, o número de quedas por tipo de dano e a (in)existência de terapêutica antitrombótica como parte do tratamento médico, aquando da ocorrência de queda. Os resultados da pesquisa permitem concluir que há uma correlação quase perfeita entre a ocorrência de danos decorrentes de quedas, em particular nos doentes medicados com anticoagulantes ou duplamente medicados com anticoagulantes e antiagregantes plaquetários. Conclusão: A incidência de quedas e danos em doentes internados com mais de 65 anos usando a medicação em análise, deverá conduzir ao uso de ferramentas simples na avaliação dos doentes para o risco de danos decorrentes de quedas, como uma medida para a diminuição das lesões particularmente das mais graves.
Lista de Autores
Luísa Matado Caldas
Joel Monteiro
Luís Sousa